IE: Para que projeto?

- É fundamental planejar antes de fazer uma instalação elétrica. Por essa razão o projeto é indispensável. Pensar que é perda de tempo vai levar o engenheiro elétrico ou o técnico a perderem tempo fazendo e refazendo a instalação. O serviço fica mais caro, e o seu cartão de visita se perde.

- Quando há planejamento todos, digo todos, os componentes de um circuito terminal são compatíveis – desde o disjuntor até as tomadas.

- O profissional de elétrica nunca deixa de lado a norma técnica e os fundamentos para levantar uma questão. Sempre o profissional levanta e fornece aos dados completos de um circuito: distância entre tomada e disjuntor, potência nas tomadas, temperatura ambiente, tipo de eletroduto, material do condutor, temperatura suportada pelo material isolante e o mais que a norma exige. Se não for assim… para que norma técnica, comissões para fazer norma técnica, cursos técnicos, faculdades de engenharia e tudo mais? 

- Como ficaria um carro popular com uma das rodas sendo de caminhão, tendo freio de trator e buzina de trem? Debate interessante, pergunta que não quer calar.

IE: Esquema de aterramento e DR

- NÃO existe esquema de aterramento que dispensa o uso de DR - dispositivo de corrente-residual.

- Existem esquemas de aterramento em que não é possível fazer uso de DR.

- Se os equipamentos estão aterrados no neutro o DR não vai atuar, simples assim. Esse é o caso do sistema com o condutor PEN.

IE: Quadro elétrico - expansão futura II

A norma de instalações elétricas em baixa tensão diz:

Nos quadros de distribuição, deve ser previsto espaço de reserva para ampliações futuras, com base no número de circuitos com que o quadro for efetivamente equipado.

Quadro de distribuição com N circuitos, N≤06, deve ter 02 circuitos de reserva.
Quadro de distribuição com N circuitos, 07≤N≤12, deve ter 03 circuitos de reserva;
Quadro de distribuição com N circuitos, 13≤N≤30, deve ter 04 circuitos de reserva;
Quadro de distribuição com N circuitos, N>30, deve ter 0,15N circuitos de reserva.

IE: Quadro de Distribuição - expansão futura I

A norma de instalações elétricas em baixa tensão diz:

"Na divisão da instalação devem ser consideradas também as necessidades futuras.
As ampliações previsíveis devem se refletir não só na potência de alimentação, mas também na taxa de ocupação dos condutos e dos quadros de distribuição."

IE: Identificação dos circuitos terminais

As indicações de circuitos elétricos e de condutores devem ser aplicadas fisicamente nos componentes das instalações; segundo a NR 10.

IE: Aterramento

Com relação ao aterramento elétrico em instalações elétricas em baixa tensão não se deve:

A) Ter barramento de equipotencialização em cada quadro de distribuição.

B) Colocar um condutor terra por circuito.

C) Ter um aterramento exclusivo para computadores. <<<

D) Interligar o terra do neutro ao terra de proteção (PE)

E) Dimensionar o condutor terra e acordo com o circuito terminal a que pertence.

Comentário: Não é a alternativa A, todo quadro de distribuição deve ter seu BEP, a norma exige.

Não é a alternativa B, cada circuito deve ter o seu condutor terra, o condutor terra não deve ser compartilhado.

É a alternativa C, um aterramento exclusivo para computadores pode levar a um desbalanceamento de tensão entre os terras em casos como de curto-circuito ou de descarga atmosférica, essas ocorrências colocariam uma tensão indesejada no computador. A solução é equipotencializar.

Não é a alternativa D, o BEP e o barramento do neutro devem ser aterrados no mesmo eletrodo de terra, devem ser equipotencializados.

Não é a alternativa E, o condutor terra deve ter seção de acordo com a corrente no circuito que serve.

IE: Proteção -> DR

Com relação aos dispositivos diferencial-residual de alta sensibilidade não é obrigatório em qualquer dos esquemas de aterramento especificados na NBR 5410 nos seguintes casos:

A) em circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação.

B) em quartos de dormir de crianças e bebês. <<<

C) em circuitos externos tendo como fonte geradores independentes das fontes que alimentam os circuitos internos à instalação.

D) em circuitos que alimentem tomadas internas possam alimentar equipamentos no exterior.

E) em áreas internas molhadas em uso normal.

Comentário: Não é a alternativa A, a norma obriga o uso do DR em circuitos de tomadas externas.

É a alternativa B, embora pareça lógico a norma não obriga a utilização de DR em dormitórios de crianças e bebês.

Não é a alternativa C, como na letra A o circuito é externo.

Não é a alternativa D, se a tomada é interna a instalação mais vai fornecer energia para um equipamento externo então voltamos ao caso da letra A. Ligar o cortador de grama na tomada interna da sala só se essa tomada da sala tiver DR.

Não é a letra E, a norma também exige isso, se o piso ficar molhado então DR.

IE: Fontes distintas

Com relação a instalações elétricas em baixa tensão alimentadas por duas fontes de alimentação distintas, não se deve:

A) Fazer circuitos distintos se a instalação for alimentada pela rede pública e por um gerador local.

B) Ter um aterramento em comum para as duas fontes de alimentação.

C) Para melhorar a segurança e garantir um fornecimento de energia mais constante juntar as duas fases r, juntar as duas fases s e as duas fases t dos dois circuitos no quadro de entrada de energia da instalação se a instalação for alimentada por duas fontes distintas da mesma concessionária. <<<

D) Ter neutros distintos para cada fonte de alimentação.

E) Ter disjuntores específicos para cada fonte de alimentação se de concessionárias diferentes.

Comentário: Alternativa A errada, os circuitos ligados a rede pública devem ser diferentes dos circuitos ligados a um gerador.

Alternativa B errada, com o conceito de equipotencialização deve-se ter um sistema de terra comum para toda a instalação, sempre que possível.

Alternativa C certa, fontes distintas sempre devem ter os seus próprios circuitos, mesmo que estas fontes sejam da mesma concessionária de energia. Pode haver deslocamento de fase entre as mesmas fases de cada fonte, além de impedâncias diferentes em cada fonte.

Alternativa D errada, cada fonte de alimentação tem que ter o seu próprio neutro, afinal o neutro faz parte do circuito de alimentação, é por onde retorna a corrente.

Alternativa E errada, como já dito os circuitos devem ser separados para cada fonte, o que inclui os disjuntores.

Proteção em IE

Com relação a proteção são três pontos de destaque.

PROTEÇÃO:

• Medidas de proteção individual;
• Medidas de proteção coletiva;
• Proteção contra Incêndio e Explosão;

Para começar a proteção tem que atingir a todos que trabalham nas áreas que estão relacionadas com a instalação elétrica, é a chamada proteção coletiva.

Não sendo possível a proteção coletiva então, é claro, vem a proteção do indivíduo.

Segurança em IE: Trabalhos

Com relação às ações na Instalação Elétrica devemos nos ater as condições listadas abaixo.

TRABALHOS:

• Alta-tensão;
• Procedimentos;
• Qualificação;
• Habilitação;
• Capacitação;
• Autorização.

A pessoa que for trabalhar em uma instalação elétrica tem que ser obrigatoriamente qualificado, ou seja, tem que ter cursado um curso em instalações elétricas reconhecido oficialmente pelo governo.

Além de ser qualificado a pessoa precisa ser registrada no concelho da profissão, isto é, deve ser registrada no CREA; agora então essa pessoa estará habilitada a trabalhar em uma instalação elétrica.

Em uma empresa a pessoa habilitada para trabalhar em uma instalação elétrica ainda tem que ser capacitada, isto é, tem que ter passada por um treinamento interno na empresa. Esse treinamento só vale para esta empresa.

Por fim para trabalhar efetivamente – por as mãos na massa – ainda tem que estar autorizado. Detalhe: para ser autorizado tem que passar por treinamento de quarenta horas sobre segurança em instalações elétricas.

Você faz instalação elétrica residencial? Está qualificado? E habilitado?

Procedimentos de segurança em Instalações Elétricas

Deve-se ater as condições de segurança nas diversas fases e estados de uma instalação elétrica; e todas devidamente sinalizadas.

SEGURANÇA:

• Projetos;
• Construção, Montagem, Operação e Manutenção;
• Instalações elétricas Desenergizadas;
• Instalações elétricas Energizadas;
• Sinalização.