ATERRAMENTO
&
EQUIPOTENCIALIZAÇÃO
- ATERRAMENTO + IE (Aterramento em Instalações Elétricas, esquemas de aterramento)
- Cálculo de resistência de terra:
- Sabia que a norma
técnica NBR 5410:2004 no item 6.4 regulamenta o aterramento para
instalações elétricas em baixa tensão?
---
► App: Aplicativo TecEletrica
- O TecEletrica é da SpdaTerra.
- O TeEletrica faz cálculos de aterramento.
- O TecEletrica é para Android.
---
---
- GND é abreviação de GROUND. Ground é terra, o terra elétrico.
- Todo circuito deve ter condutor de proteção em toda sua extensão.
► Engenharia de Aterramento Elétrico
---
► Aterramento
(GND):
FPGA, Microantenas, GPU,
Memória
► Aterramento
(GND):
Altas frequências
► Aterramento
(GND)
não é só no solo
- Em placas de circuito impresso também existe terra.
- Enquanto em instalações elétricas o terra principal é o PE, ou seja, o terra de proteção, em placas de circuito impresso e equipamentos eletrônicos o terra principal é o funcional
- Os terras nestas placas em geral são organizados para separar os diferentes tipos de ruído.
- A classificação mais geral é a que tem terra analógico, terra digital terra para blindagem, podendo ainda ter terra para alta frequência e terra para baixa frequência.
- O que é alta frequência e o que é baixa frequência vai depender de outras grandezas.
- Os diferentes terras são equipotencializados.
---
► Terrômetro
---
► Baixíssima Resistência de Terra e Aterramento ruim
- Eletrodo de terra nas margens úmidas de um rio, um único cabo de conexão com o SPDA da instalação sem contato com o solo e distante da instalação mais de 30 m.
---
► Eletrodo de terra formando um triângulo
---
► Medição de resistividade aparente do solo 2
\begin{align} \rho_a = \frac{R_{medido}} {ln(\frac{2h}{a})}\ {4\pi h} \end{align}
---
► Sistema de aterramento 7
► Sistema de aterramento 6
---
► App: Aplicativo TecEletrica
- O TecEletrica é da SpdaTerra.
- O TeEletrica faz cálculos de aterramento.
- O TecEletrica é para Android.
---
►
Aterramento:
Harmônicas: Motores de indução:
aterramento do neutro
-
Ao se aterrar o neutro de motores as componentes harmônicas
múltiplas de três vão circular pelo terra. Estas componentes
harmônicas são de sequência zero, isto é, estão sempre em fase,
mesmo estando cada distribuídas pelas três fases de alimentação.
-
As componentes harmônicas de sequência
zero encontradas no sistema de aterramento podem encontrar um caminho
melhor via motor de indução para escoar.
---
►
Aterramento:
Equipotencialização
4
-
Os cabos de equipotencialização devem ser o mais curtos possíveis.
---
►
Aterramento:
Equipotencialização
3
-
As quedas de tensão ao longo dos cabos de equipotencialização, os
transitórios elétricos e as altas frequências não permitem que
haja de fato uma equipotencialização.
-
Veja também: “Aterramento:
Efetividade
do aterramento”.
---
►
Aterramento:
Equipotencialização
2
-
Todos os sistemas elétricos ditos equipotencializados não estão na
realidade no mesmo potencial em todo instante.
-
Costuma-se chamar de equipotencialização quando do ponto de vista
da eletrostática todo o sistema está no mesmo potencial elétrico.
-
Para dimensões eletricamente curtas é aceitável considerar a
chamada rede condutora de equipotencialização de fato
equipotencializada.
-
Leia mais no livro “Técnicas de Aterramento”
---
►
Aterramento:
Equipotencialização 1
-
Porque passaram a falar de
equiptencialização em lugar de aterramento.
-
Equipotencializar é colocar no mesmo potencial elétrico.
-
Aterrar é colocar no potencial do
terra elétrico.
-
Vários equipamentos podem estar aterrados e não estarem
equipotencializados. Um exemplo disto é o esquema
TT de aterramento.
---
►
Aterramento:
Simbologia
de aterramento
Figura:
Cabo de aterramento
Figura:
Cabo nu de aterramento enterrado diretamente no solo
---
►
Aterramento:
Resistividade do minério de ferro
- O minério de
ferro aparece com as seguintes fórmulas: Fe3O4,
FeO, e raramente Fe2O3 a hematita.
-
A resistividade do minério de ferro varia na faixa de 400 Ωm até
3.000 Ωm.
-
Minério de ferro não é ferro puro, é comum pensar que a
resistividade do minério de ferro é tão baixa quanto a do ferro.
Regiões de Minas Gerais e do Pará têm o solo com resistividade
elevada graças ao minério de ferro.
---
►
Simbologia
de aterramento
- Segundo a norma da ABNT de simbologia elétrica:
Figura:
Cabo de aterramento
Figura:
Cabo nu de aterramento enterrado diretamente no solo
- Para ser utilizado nos seus projetos.
- Tem aplicativo de projeto que permite que estes tipos de linha possam ser programados facilmente.
---
- Tem aplicativo de projeto que permite que estes tipos de linha possam ser programados facilmente.
---
►
Separar
os terras
-
As práticas de aterramento são válidas para os diversos tipos de
sistemas elétricos.
-
É uma boa prática separar os terras de sinal, por exemplo, em
placas de circuito impresso com sinal analógico e com sinal digital
deve-se subdividir os a placa de terra de sinal em terra analógico e
terra digital. A figura a seguir ilustra o procedimento.
Figura:
Placa de circuito impresso, separação de terras de sinal
---
► Aterramento
de blindagem
-
Blindagens metálicas ou semicondutoras de cabos condutores isolados
são conectados a um condutor PE, ou no BEP ou diretamente no
eletrodo de terra.
-
Estas blindagens são feitas com fios, telas, fitas, e são removidas
das pontas dos cabos para juntar o cabo a outros condutores. Em caso
de interferência eletromagnética estas extremidades expostas devem
se colocadas dentro de blindagens igualmente aterradas.
- Instalações elétricas, aterramento, compatibilidade eletromagnética
---
► Itens
relacionados com aterramento
-
As vias de aterramento são linhas de transmissão, e o que
vem sendo publicado na aba TLM sobre linhas de transmissão também é
pertinente a aterramento. Outros itens como estes vão aparecer na
aba TLM. Veja os que já foram publicados
-
TLM: Linha de transmissão ideal 1
-
TLM: Linha de transmissão ideal 2
-
TLM: Linha de transmissão ideal 3
► O
que pesa além de ter resistência próxima a zero no aterramento?
-
De longa data ouvimos falar que ter a resistência do aterramento
próxima a zero é o que se deseja.
-
Mais recentemente fala-se muito em ter a impedância de aterramento
próxima a zero.
-
O que realmente queremos para o aterramento é tensão zero
continuamente, e para isto há vários aspectos a serem considerados.
Entre estes itens estão:
-
Reflexões de tensão no eletrodo de terra;
-
Reflexões de tensão sempre que houver uma junção de duas ou mais vias de aterramento;
-
Impedância do eletrodo de terra (inclui a resistência de terra do eletrodo);
-
Impedância das vias de aterramento até o eletrodo de terra;
-
Tempo de propagação nas vias de aterramento;
-
Já embutido em itens anteriores a frequência ou o di/dt;
-
Dimensões elétricas.
---
► Um
BOM terra
-
Sei que engenheiro e técnico não usam BOM, é preciso sempre
ter um referencial. BOM com relação a alguma outra coisa? 5
V é BOM. BOM para que? 500 Ω
é BOM. Onde que é BOM? Quando que é BOM?
-
Um BOM terra é aquele que oferece sempre 0 V (zero volt) para o
equipamento que se quer aterrar ou pessoa. Melhor dizendo é um ótimo
terra se oferece continuamente zero volt.
-
Para quem está fazendo manutenção em uma linha de transmissão de
alta-tensão o zero volt é a fase da linha. Para este profissional o
solo, vários metros abaixo, está em alguns milhares de volts.
-
É a questão da referência.
-
Ter resistência zero no aterramento não é por si só ter um BOM
terra. Nem mesmo quando tem-se impedância zero no aterramento é
suficiente para garantir que o terra é BOM.
-
Finalizando, o terra almejado deve ter zero volt sempre para o
sistema a ser aterrado.
---
► Terra
de Proteção X Terra de Sinal 2
- O
terra de sinal é como se fosse parte do circuito. O provável é que
tenha sempre uma corrente e tensão. Está condição não fornece continuamente uma tensão zero de referência para o dispositivo de proteção.
Este estado é semelhante ao do condutor do neutro que sempre tem
corrente quando o equipamento está ligado.
- O
ideal é sempre que um equipamento requeira aterrar um sinal
indesejado que este aterramento seja feito via um condutor terra
independente do condutor PE. A primeira vista pode parecer estranho
ter dois condutores terra. Este circuito ficaria com condutor fase,
condutor neutro, condutor de terra de proteção (PE) e condutor de
terra de sinal, no total quatro condutores.
-
Para residências ainda não tenho notícias de que os dois
condutores de aterramento estejam sendo utilizados. Pelo menos ainda
não.
---
►
Proteja-se
ao mexer
em um aterramento
-
Ao mexer com aterramento os procedimentos devem ser realizados
utilizando-se todos os Equipamentos de Proteção Individual com
capacidade de isolação para a tensão de operação.
LEMBRE-SE QUE
DEVERÁ ESTAR UTILIZANDO LUVAS DE BORRACHA COM ISOLAÇÃO PARA A
CLASSE DE TENSÃO DE TRABALHO.
- Os procedimentos
são de acordo com a NR10 - Norma Regulamentadora de segurança para
trabalhos com energia elétrica.
---
► Terra
de Proteção X Terra de Sinal 1
- O
terra de proteção como o nome sugere é dedicado a proteção dos
equipamentos e das pessoas;
- O
terra de sinal tem o objetivo de manter o sistema e os equipamentos
limpos, isto é, sem tensões e correntes que possam prejudicar o
funcionamento dentro das características de projeto.
-
Embora seja comum utilizar um único circuito de terra para os dois
objetivos, o ideal é que o circuito de terra de proteção seja
exclusivo para proteção. No caso de uso de um único circuito de
terra para as duas funções os dispositivos de proteção estarão
sujeitos a um funcionamento errático e portanto de não atuarem
quando deveriam.
---
► Mais:
Ground
& Earth
-
Interessante, quando a NEC se refere ao aterramento no solo (planeta
Terra) usa a palavra EARTH.
-
Exemplo: “be connected to earth”, extraído da NEC.
-
A NEC usa “earth ground” para aterramentos no solo (planeta
Terra).
-
Usa-se, nos EUA, a palavra EARTH quando os cabos nus estão
diretamente no solo. Por exemplo “earthing grounding cable”.
Motivo de confusão por lá.
---
► GND
-
GND é abreviação de GROUND. Ground é terra, o terra elétrico.
-
Na Inglaterra e nos países de língua inglesa, exceto EUA, diz-se
EARTH para o terra elétrico.
-
Os europeus em geral quando escrevendo em inglês usam EARTH.
-
A IEC, a comissão internacional de origem europeia, utiliza em suas
normalizações a palavra EARTH, quando redigidas em inglês.
-
A NEC, equivalente da NBR 5410 nos EUA, define GROUND como sendo
EARTH.
-
Assim GND é EARTH.
---
► GND
- GND é abreviação de GROUND. Ground é terra, o terra elétrico.
-
Na Inglaterra e nos países de língua inglesa, exceto EUA, diz-se
EARTH para o terra elétrico.
-
Os europeus em geral quando escrevendo em inglês usam EARTH.
-
A IEC, a comissão internacional de origem europeia, utiliza em suas
normalizações a palavra EARTH, quando redigidas em inglês.
-
A NEC, equivalente da NBR 5410 nos EUA, define GROUND como sendo
EARTH.
-
Assim GND é EARTH.
-
Interessante que a NEC usa a palavra EARTH quando os cabos estão
diretamente conectados ao eletrodo de aterramento, aquele eletrodo
que está em contato com o solo. Por exemplo “earthing grounding
cable”.
---
► Separar
os terras
-
Como na eletrônica, em que, por exemplo, separamos o terra (GND)
analógico do terra (GND) digital, nas instalações
elétricas devemos separar o terra de proteção do terra
funcional.
-
O terra funcional e o terra de proteção se encontram no BEP, para
haver equipotencialização.
-
O terra analógico e o terra digital se encontram na saída do PCB,
placa de circuito impresso, ou em outro ponto em que o engenheiro
julgar adequado, para haver equipotencialização.
---
► Fio
terra
- Todo circuito deve ter condutor de proteção em toda sua extensão.
-
O condutor de proteção é o famoso fio terra.
-
O condutor de proteção é chamado de PE, ou terra de proteção.
-
Existe ainda o terra funcional, também é terra mas tem um objetivo
diferente.
---
► Aterramento
(GND):
Aterramento falho
-
Um bom arranjo de aterramento reduz as grandezas dos componentes
parasitas.
-
O aterramento bem projetado gerencia a corrente de retorno dos
diversos componentes em uma placa de circuito impresso (PCB)
ou em uma instalação elétrica.
-
Dedicar tempo ao planejamento do sistema de aterramento é
compensador.
---
► Engenharia de Aterramento Elétrico
- A engenharia do aterramento elétrica é a mesma para alta-tensão, alta-frequência, digital, analógica, eletricidade atmosféricas etc.
- As normas são várias, e dão os limites para a aplicação. A Engenharia é a fonte.
---
- Como aterrar diferentes tipos de circuitos integrados com tensões de alimentação diferentes, frequências diferentes e funções diferentes?
- Resposta: Uma técnica é separar os circuitos de acordo com as características.
- O arranjo do aterramento é fundamental para uma boa prática.
- Falhas em robôs são em grande parte devido a um aterramento falho.
---
-
Fitas são mais indicadas para fazer o aterramento de altas
frequências indesejadas.
-
Impulsos de descargas eletrostáticas, tão agressivos a eletrônica,
são melhor aterrados com fitas.
---
- Em placas de circuito impresso também existe terra.
- Enquanto em instalações elétricas o terra principal é o PE, ou seja, o terra de proteção, em placas de circuito impresso e equipamentos eletrônicos o terra principal é o funcional
- Os terras nestas placas em geral são organizados para separar os diferentes tipos de ruído.
- A classificação mais geral é a que tem terra analógico, terra digital terra para blindagem, podendo ainda ter terra para alta frequência e terra para baixa frequência.
- O que é alta frequência e o que é baixa frequência vai depender de outras grandezas.
- Os diferentes terras são equipotencializados.
---
-
Terrômetro é o equipamento para medir resistência de terra, alguns
terrômetros medem também a resistividade do solo.
-
O terrômetro não injeta no solo uma corrente contínua, pois isto
causaria um alinhamento dos íons no solo e consequentemente uma
leitura errada da resistência ou da resistividade.
-
O terrômetro injeta uma corrente alternada, com isto os íons
oscilam de um lado para o outro (como as moléculas de água dentro
dos alimentos em um forno de micro-ondas), e o terrômetro pega uma
média dos valores.
► Baixíssima Resistência de Terra e Aterramento ruim
- Eletrodo de terra nas margens úmidas de um rio, um único cabo de conexão com o SPDA da instalação sem contato com o solo e distante da instalação mais de 30 m.
---
► Eletrodo de terra formando um triângulo
-
Um eletrodo de aterramento pode ser feito com hastes formando um
triângulo como mostrado na figura abaixo. A resistência de terra
deste eletrodo depende além dos parâmetros mostrados na figura da
resistividade elétrica do solo. A outra figura mostra um gráfico
com a variação da resistência de terra em função do número de
hastes para um eletrodo em triângulo. Mais informações no livro
Técnicas de Aterramento.
---
► Medição de resistividade aparente do solo 2
-
Com um terrômetro básico pode-se medir a resistividade aparente do
solo rapidamente e com grande precisão.
-
Terrômetro é o equipamento para medição de resistência de terra
de eletrodos de aterramento. No mercado existem diversos tipos e
fabricantes de terrômetros. Dois são os modelos fundamentais, estes
são os terrômetros de três pontos e os terrômetros de quatro
pontos. Os de três pontos são pensados para medir apenas a
resistência de aterramento, e os terrômetros de quatro pontos além
de medir a resistência de aterramento servem para levantar a
estratificação do solo. Com esta estratificação do solo é
possível, após muito trabalho, levantar a resistividade aparente do
solo. Para projetar eletrodos de terra é necessário conhecer a
resistividade aparente do solo. Você pode ver as abas neste blog
para cálculo (projeto) de eletrodos de terra, se você não tiver a
resistividade aparente nada feito.
-
Mesmo tendo um terrômetro de três pontos (mais barato) pode-se
levantar a resistividade aparente. Veja na figura, crava-se uma
haste, como aquela que você vai usar (mais longa), e crava-se as
outras duas do terrômetro (mais curtas). Faz-se a leitura da
resistência de terra da haste mais longa, entra com o valor da
resistência medida na equação seguinte e pronto. Ai está
resistividade aparente do solo. Com este valor de resistividade você
pode calcular (projetar) o seu eletrodo de aterramento.
-
Na norma dos EUA os eletrodos de aterramento para instalações de
baixa frequência exige um máximo de 25 Ω.
Lembrando que se tiver vários eletrodos de aterramento interligados
a corrente de terra vai fluir para o que tiver a impedância mais
baixa. Para o caso de se querer equipotencialização é necessário
que não haja circulação de corrente entre os eletrodos de
aterramento. Isto leva a necessidade de projetar e instalar os
eletrodos de aterramento de uma mesma instalação com a mesma
resistência de terra. Mais informações no livro Técnicas de Aterramento.
\begin{align} \rho_a = \frac{R_{medido}} {ln(\frac{2h}{a})}\ {4\pi h} \end{align}
---
► Sistema de aterramento 7
- O Aterramento e o Referencial de um circuito
elétrico são coisas diferentes. O aterramento tem a função de
proteção, para pessoas e circuito. O referencial elétrico é o
ponto do circuito em que a tensão ou o potencial são definidos como
zero volts. No sistema de potência de energia elétrica, por
exemplo, tem o neutro que é o referencial elétrico e tem o terra
que é para proteção. É comum encontrar referenciais aterrados, ou
seja, ligados ao terra.
---
► Sistema de aterramento 6
- Um
Sistema de Aterramento que tenha eletrodos no solo estará mal
projetado se houver tensão de passo na superfície acima e nos
arredores do eletrodo de terra, mesmo se tiver resistência de terra
menor que 10 Ω.
- Uma
descarga atmosférica pode atingir qualquer residência, esta vai
pelo SPDA até o eletrodo de terra da residência, a corrente de raio
é uma alta corrente, até 200.000 A. O eletrodo de terra mesmo tendo
uma resistência inferior a 10 Ω,
se estiver mal projetado e construído poderá gerar tensões de
passo e de toque suficientemente altas para eletrocutar moradores que
estiverem próximos.
---
► Tensão de passo e tensão de toque
- A
tensão de passo aparece com a diferença de tensão entre os pés de
uma pessoa quando separados por uma passada, já discutido nesta aba,
a tensão de toque é semelhante, e aparece entre uma das mãos de
uma pessoa e um dos pés. Uma técnica utilizada para minimizar estas
tensões é cobrir o chão com asfalto. O asfalto proporciona um
isolamento parcial da pessoa do solo. Ver os valores de resistividade elétrica para o asfalto:
Seco:
2.000.000 a 30.000.000 Ω.m
Úmido:
10.000 a 6.000.000 Ω.m
10
kΩ.m é usado para cálculo de tensão de passo e tensão de toque.
---
► ABNT NBR 13571:1996
- Esta norma normaliza a haste de aço cobreada utilizada em aterramento.
- No mercado é possível encontrar uma haste cobreada mais barata, mas que não segue as especificações da ABNT. A qualidade também não é a mesma da haste normalizada pela ABNT. Mais informações no livro Técnicas de Aterramento.
---
- Cobre
é o material mais utilizado em eletrodos de aterramento devido a sua
resistência a corrosão, porém corrói na presença de ácido,
amônia oxigenada ou em um meio sulfuroso. É importante lembrar que
o cobre causa corrosão galvânica em materiais ferrosos a que é
conectado, tais como aço de construção e aço inoxidável. A IEC recomenda estanhar o aço e o cobre no local da
conexão.
---
►Material
– Aterramento – Conexão
► Material
– Aterramento – Aço
inoxidável
- Os
condutores de cobre e de aço inoxidável não podem ser conectados
diretamente ao vergalhão da armação do concreto. Metais catódicos
como o cobre podem corroer metais anódicos como o aço e o alumínio.
A junção entre aço e cobre ou liga de cobre, deve ser inteiramente
chapeada com estanho. A oxidação do cobre no contato e a oxidação
do aço no contato aumentam muito a resistência da conexão.
---
- O
aço inoxidável não corrói ou enferruja de imediato com água,
como acontece com o
aço
comum, porém,
em ambientes de alta salinidade ou com pouco oxigênio pode oxidar.
Este material é resistente ao ataque de ácidos, mas dependendo da
quantidade do ácido, da temperatura e do tipo do aço inoxidável
pode ser corroído. Quando exposto a alta concentração de hidróxido
de sódio em alta temperatura vai sofrer corrosão.
- Como
o aço inoxidável é resistente a corrosão é, portanto, próprio
para o uso em eletrodos de aterramento.
---
-
Condutores de alumínio não podem ser utilizados como condutores de
aterramento ou como eletrodos de terra em caráter permanente. Por um
período curto, alguns dias, o alumínio pode ser utilizado nestas
aplicações. O alumínio sofre corrosão quando em contato com o
solo.
-
Cabos protegidos com chumbo não podem ser utilizados como condutores
de aterramento ou como eletrodos de terra. O chumbo derrete a 327,5
ºC.
---
► Resistência de aterramento
- A norma brasileira
de SPDA a NBR 5419:2000 pede uma resistência de terra para o
aterramento do SPDA de no máximo 10 Ω,
não sendo possível deve haver justificativa.
- O
“National Electrical Code” dos EUA diz que para uma resistência
de terra de 25 Ω ou menos não são mais necessários outros eletrodos de terra.
---
► Sistema de aterramento 5
- O Aterramento bem projetado é aquele que garante a proteção das pessoas. Do ponto de vista dos equipamentos e sistemas elétricos, o Aterramento bem projetado é aquele que garante o funcionamento dos equipamentos dentro das especificações de fábrica. O valor da resistência de terra ou o valor da impedância de terra não importam desde que o citado seja atingido.
► Sistema de aterramento 5
- O Aterramento bem projetado é aquele que garante a proteção das pessoas. Do ponto de vista dos equipamentos e sistemas elétricos, o Aterramento bem projetado é aquele que garante o funcionamento dos equipamentos dentro das especificações de fábrica. O valor da resistência de terra ou o valor da impedância de terra não importam desde que o citado seja atingido.
---
► SPDA
- Resistência de aterramento
A resistência do
sistema de aterramento do SPDA deve ser de no máximo aproximadamente
10 Ω localmente. Isto significa
que em cada ponto de conexão do sistema de aterramento do SPDA com
um cabo de descida a medição feita com o terrômetro de hastes deve
registrar 10 Ω ou menos.
---
► SPDA
- TAP ou BEP
O
BEP ou TAP ou LEP é a barra de cobre onde todos os sistemas de
aterramento de uma edificação se encontram.
Na
NBR 5419 aparece o TAP = Terminal de Aterramento Principal
e na NBR 5410 aparece o BEP = Barramento de Equipotencialização Principal
Tanto faz. Quem faz só SPDA usa mais TAP e LEP, quem faz mais instalações elétricas de BT usa mais BEP. É só questão de nome, o objetivo é o mesmo.
NBR 5419 = Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas
NBR 5410 = Instalações elétricas de baixa tensão
LEP = Ligação Equipotencial Principal (também na NBR 5419)
e na NBR 5410 aparece o BEP = Barramento de Equipotencialização Principal
Tanto faz. Quem faz só SPDA usa mais TAP e LEP, quem faz mais instalações elétricas de BT usa mais BEP. É só questão de nome, o objetivo é o mesmo.
NBR 5419 = Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas
NBR 5410 = Instalações elétricas de baixa tensão
LEP = Ligação Equipotencial Principal (também na NBR 5419)
- Efetividade do aterramento é ter um caminho contínuo para a corrente de retorno até o eletrodo
de terra, com baixa impedância e ampacidade suficiente para a
corrente de retorno. Este caminho para o eletrodo de aterramento deve
ser feito intencionalmente e ser permanente. A baixa impedância
proporciona aos dispositivos de proteção atuarem dentro das
especificações de fábrica. A baixa impedância também facilita o
escoamento de eletricidade estática, reduzir ruídos elétricos indesejados
e a colocar a tensão no circuito de aterramento bem próxima a tensão de
referência.
- Em
circuitos mais sensíveis tais como os de robótica, eletrônica
digital e mesmo analógica o aterramento é efetivo quando, além do já exposto, o caminho
para o terra é eletricamente curto, a impedância dos diversos
caminhos para o terra são iguais, as reflexões são evitadas em
junções e o tempo de propagação entre a entrada e a saída de um
condutor para o terra é igual em todos os casos. Diversos problemas de mau funcionamento de robôs é advindo de um mau aterramento.
- Em todos os casos é indispensável a busca pela equipotencialidade, isto é, ter, mesmo em ocorrências de faltas, todo o circuito de aterramento no mesmo potencial elétrico.
- Mesmo
em instalações elétricas de baixa, média e alta-tensão alguns
dos elementos do parágrafo anterior são relevantes.
---
► Tensão
de passo
- É a
tensão, Vpasso, que aparece entre os dois
pés de uma pessoa.
- Calcula-se
uma malha de terra ou eletrodo de terra em função da tensão de
passo.
- Exemplo, imagina uma única haste cravada em campo aberto. Em uma linha radial imaginária saindo da haste uma pessoa está pisando com os dois pés nesta linha, os pés estão afastados 0,80 cm. Uma descarga atmosférica de 100 kA ao atingir a haste vai espalhar corrente radialmente da haste para o solo. Como o solo tem resistividade vai haver uma queda de tensão entre os dois pés da pessoa.
- A
pessoa vai morrer se:
Vpasso
/ Zpessoa ≥
Ipessoa
- É
estabelecido pelo IEEE standard 80 que a corrente máxima, de
baixa frequência, suportada por uma pessoa de 50
kg, para 0,03 s < t < 3,0 s, é de
Distribuição de
potencial na superfície do solo para uma malha de terra
---
► Potencial
elétrico na superfície do solo acima de uma malha de aterramento:
- Com
o auxílio da computação digital é possível modelar uma malha de
aterramento para simular a distribuição de potencial elétrico na
superfície do solo imediatamente acima da malha. A partir desta
distribuição a tensão de passo pode ser obtida. Com esta
informação a malha é reprojetada ou não. Usualmente os programas
computacionais comerciais apenas calculam a tensão de passo para
tensões de 60 Hz em estado estacionário, fazendo uso das equações
da Standard 80 do IEEE. A figura a seguir mostra o resultado de uma
simulação para um transitório elétrico.
Figura:
Malha com 10x10 quadrículas atingida por uma descarga atmosférica
no meio, distribuição de potencial no primeiro microsegundo, na
superfície do solo. Estudo de transitórios em malhas de
aterramento. A forma de onda da corrente injetada no meio da malha é
um impulso tipo dupla exponencial.
---
- Algumas vezes a espessura do solo não é o suficiente para cravar
uma haste de 2,0 m, isto não é um problema. A solução é simples:
corta a parte da haste que ficou para fora. Naturalmente, a
resistência de terra almejada deve ser alcançada, é só colocar
mais hastes.
Outra solução é cravar a haste inclinada, evita o trabalho de
cortá-la, e ainda diminui mais a resistência do eletrodo de terra.
- Por
último, mas sem esgotar as possibilidades, colocar cabos horizontais
enterrados em valas abertas no solo.
---
► Método prático para medir a resistividade do solo
- Um método muito prático para medir a resistividade aparente do solo, ρa, é cravar uma única haste no solo e medir a sua resistência de terra. Com o valor da resistência de terra da haste, a seção reta da haste, a = raio da haste, e o comprimento da haste dentro do solo, h, entrar na equação a seguir:
\begin{align} \rho_a = \frac{R_{medido}} {ln(\frac{2h}{a})}\ {4\pi h} \end{align}
- Este método é muitíssimo mais simples e rápido do que o tradicional método que exige um terrômetro especial, diversas medições com quatro hastes e mais um elaborado processo para a obtenção da resistividade aparente.
Este método simples vale para pequenos eletrodos de aterramento com hastes, não é válido para malhas de aterramento.
Tem técnico e engenheiro elétrico que pensa que fazer aterramento é só isto.
- A
primeira coisa a saber para fazer um eletrodo de terra adequado no
solo é qual resistência de terra mínima exigida pela norma, e pelo
equipamento, e pelo projeto. Se este eletrodo de terra estiver
interligado a outros eletrodos de terra, então devemos
compatibilizá-los.
- O passo seguinte é medir a resistividade do solo. Esta resistividade pode variar de 1 Ωm até 20.000 Ωm. Veja só, um eletrodo em triângulo com três hastes pode ter uma resistência de terra 20.000 vezes maior do que outro eletrodo de igual dimensões em outro solo.
- O terceiro passo é calcular o eletrodo necessário para atender a resistência requerida no solo disponível. Alguns preferem ir fincando hastes e fazendo medições até atingirem a resistência necessária. Este método da tentativa e erro pode terminar com a sua paciência e com a sua moral profissional. Nem sempre o eletrodo com hastes é aquele que vai atingir a resistência de terra desejada.
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► Espiras na ponta do cabo terra
- É
comum encontrar eletricistas que para não terem que cortar o cabo ou
o fio terra próximo ao BEP (Barramento de Equipotencialização Principal)
enrolam o cabo. Pensam que em caso de necessidade ali tem uma pouco
de cabo reserva. Esta prática coloca uma impedância a mais no
caminho da corrente de terra. Para 60 Hz ou 50 Hz pouco importa, é
desprezível, mas para impulsos é uma verdadeira barreira para o
escoamento da corrente. Como é bem sabido, ou deveria ser, os fios
enrolados formam indutores. O que se quer é ter uma baixa impedância
do começo ao fim do circuito de terra para qualquer frequência.
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► Material – Aterramento – Química
- Quanto
mais condutor for o solo mais corrosivo é o solo. Isto significa que
a adição de química para baixar a condutividade do solo mais
agressão sofrerá o seu eletrodo de aterramento, mesmo que seja de
cobre ou de aço inoxidável.
- A
bentonita é um material natural que agrega água e é muito usada
para melhorar o aterramento. Sal, aquele sal de churrasco, somente se
for para um aterramento temporário, alguns poucos dias. Exitem
outros materiais químicos para aterramento, o fato é que precisam
de manutenção. Quem vai fazer esta manutenção? E quanto vai
custar ?$? Um dica é aumentar o número de hastes. Se o solo tiver
uma resistividade maior que a do concreto, pode-se encapsular o
eletrodo de aterramento com concreto.
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► Sistema de aterramento 4
- O
principal em um sistema
de aterramento é a segurança das pessoas. Para ter esta segurança
a equipotencialidade no
sistema de aterramento é
dos
objetivos
principais.
O caminho da corrente
elétrica através do corpo de uma pessoa deve ser muito mais difícil
do que pelo sistema de aterramento, ou seja, a impedância do sistema
de aterramento deve ser menor do que a do corpo humano.
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► Sistema de aterramento 3
- Com
os terrômetros comerciais encontrados no mercado é impossível
saber qual a impedância de aterramento para alta frequência, para
impulsos (raios) ou para alta corrente. Tradicionalmente almeja-se
uma resistência de terra inferior a um ohm para malhas de
aterramento. O valor da impedância de
terra desta malha é
aproximadamente igual à
da resistência de terra, ou seja,
um ohm para baixa frequência (60 Hz ou 50 Hz) e baixa corrente.
Neste caso, o aterramento
é bem projetado se garantir a
vida dos operadores, o funcionamento dos equipamentos dentro das
especificações de fábrica, garantir a integridade da informação
circulando acima da malha de terra.
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- Antes de seguir para o quadro elétrico principal na instalação o neutro deve ser aterrado no eletrodo de terra colocado no solo. Em outras palavras, entre o barramento de neutro no quadro elétrico principal na instalação e o neutro da concessionária o cabo do neutro deve estar aterrado no solo.
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►Terra,
Neutro e BEP
- É possível aterrar o neutro de uma pequena instalação no BEP, desde que o eletrodo de terra em que o BEP esteja ligado seja o mesmo que o neutro da concessionária está conectado, não caracterizando neste caso um aterramento TN-C. Neste caso, a distância entre o BEP e o eletrodo de terra deve ser menor que 20 m. A bitola do cabo de conexão deve suportar a corrente do neutro mais a corrente de terra.
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►TN-C
- O
sistema de aterramento tipo TN-C embora normalizado não é
aconselhável. Neste sistema de aterramento o neutro é utilizado
como terra. O sistema de terra existe para proteger de eventuais
faltas ocorridas no sistema de energia, o qual, como sabemos, é
constituído de fase e neutro. A corrente que passa na fase é a
mesma que passa no neutro (no caso monofásico e bifásico, no
trifásico apenas as harmônicas múltiplas de três ou se houver
desequilíbrio).
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►Softwares de Malha de Terra
- Os softwares para cálculo de
malhas de aterramento comerciais são feitos para atender as
exigências do IEEE standards 80, e em consequência ficam limitados
a estas exigências. Isto significa que calculam apenas os potenciais
de passo para estado estacionário. A maioria destes softwares
se limitam aos 60 Hz ou 50 Hz, como está no standard 80.
- O software a seguir não é
comercial e calcula as tensões para transitórios, mostrando
a relevância deste estudo para proteção de pessoal e de
equipamentos:
Início
de uma descarga atmosférica no canto da malha, potencial na
superfície acima da malha.
- Este programa também calcula condições de estado estacionário.
- Este programa também calcula condições de estado estacionário.
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- Tem publicação de fácil acesso de todos que
afirma que aterramento é uma haste cravada no solo aonde são
ligados os fios terra da residência. A verdade vai muito além
disto. Se a residência estiver sobre uma rocha de granito puro ainda
pode ter aterramento. A BEP, nem se quer foi mencionada.
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► Impedância de Terra - Malha de aterramento
- Tem malhas de aterramento, com 6x6 quadrículas, dimensões de
30x30 m em um solo de resistividade aparente de 400 Ohm.m, que tem
resistência de terra de 2,2 Ohm, mas impedância de terra de 13,14
Ohm na ocorrência de um raio (descarga atmosférica).
- Resistência
de terra é uma coisa impedância de terra é outra.
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► Sistema de aterramento 1
- Tenho
visto várias publicações que se referem a aterramento elétrico
como um conjunto de condutores verticais ou horizontais enterrados no
solo. É incrível o que se acha na internet e em outras publicações
por ai. A verdade vai muito além disto. O Sistema de Aterramento
pode ser que nem tenha o solo envolvido. Por exemplo, um satélite no
espaço tem um sistema de aterramento, e está a centenas de
quilômetros do solo. Um robô também tem um sistema de aterramento
mesmo quando o contato com o chão é isolado.
- Os
condutores enterrados podem estar inclinados, ou podem ser em formato
de bolas, chapas, caixas ou outro formato qualquer.
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► Malha de aterramento
- Em
sistemas de potência é comum ao se referir a malha de aterramento
ou malha se terra a um conjunto reticulado de condutores e hastes
enterrados no solo com a finalidade de reduzir a tensão de passo na
superfície do solo e de equalizar o potencial em todos os pontos de
terra dos equipamentos aterrados nesta malha.
- Esta malha de aterramento não precisa ser feita de retículas, os condutores podem estar uma configuração qualquer desde que a tensão de passo e a equipotencialização sejam atingidas.
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► NBR 7117 - Medição da resistividade e determinação da estratificação do solo
A norma acima mostra como deve ser feito para levantar a resistividade aparente do solo. Naturalmente é necessário um terrômetro de quatro terminais. Com o valor da resistividade aparente do solo você pode calcular a resistência de terra do eletrodos de terra que você vai instalar. Se não for assim, pode sempre aplicar o método da tentativa-e-erro, que sob o sol quente cavando trincheira e cravando hastes não vai levar pouco tempo.
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► Medição
de aterramento:
- O
equipamento de medição é chamado TERRÔMETRO.
-
Tem dois tipos de terrômetro:
-
Um mede somente a resistência do eletrodo de terra
-
O outro mede a resistividade do solo e a resistência do eletrodo de terra.
-
► Barramento de Equipotencialização Principal (BEP)
- Como
está na norma NBR 5410, é uma barra de cobre em que os fios e cabos
terra estão conectados. Esta barra de cobre por sua vez está ligada
ao aterramento no solo. A
armadura do concreto da
edificação deve estar
ligada ao
BEP
no ponto mais próximo a barra. Se for uma
edificação metálica esta deve estar ligada ao
BEP
no ponto mais próximo. Existe
apenas um BEP por edificação.
- Em
aterramento de equipamentos todos os terras devem estar ligados em um
único ponto, nos casos de equipamentos não tem uma barra de cobre
com o nome de BEP, no entanto, o aterramento funciona do mesmo jeito.
Em placas de circuito
impresso com multi camadas os terras se encontram em um plano
condutor de cobre.
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► Barramento
de Equipotencialização Local (BEL)
- Como
está na NBR 5410:2004, é uma barra de cobre em que os fios e cabos
terra estão conectados. Estas barras estão espalhadas pela
instalação elétrica e deve haver uma a pelo menos a cada 30 m. A
armadura do concreto da edificação deve estar ligada ao BEL no
ponto mais próximo a barra. Se for uma edificação metálica esta
deve estar ligada ao BEL no ponto mais próximo. A BEL é um
barramento de equipotencialização secundário e cada BEL deve estar
ligada ao barramento de equipotencialização principal, BEP. Podem
existir vários BEL em uma edificação.
- O
BEL também é chamado de Barramento de Equipotencialização
Suplementar e de Barramento de Equipotencialização Secundário,
podem existir outros níveis de barramento de equipotencialização.
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► Contrapeso
- O contrapeso é um cabo de aterramento que segue uma linha de transmissão de
potência.
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► Hastes
de aterramento:
- Existem hastes de aterramento que são normalizadas pela ABNT e as outras.
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► Espaçamento
entre as hastes de aterramento no solo:
- Na
ausência de ferramentas adequadas a distância entre hastes deve ser
igual à profundidade das hastes, desde que todas as hastes tenham a
mesma profundidade. Este procedimento aproxima o melhor
custo-benefício, para um eletrodo de terra no solo, em vários tipos
de solo. Isto é válido para qualquer arranjo das hastes, isto é,
pode ser em triângulo, quadrado, círculo, em linha reta etc.
Naturalmente
a distância ótima entre as hastes depende do tipo de solo e do
espaço disponível. Aplica-se para baixas frequências.
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► Tipo
de eletrodo de aterramento no solo:
- Uma
pergunta recorrente feita por engenheiros e técnicos é qual a
melhor distribuição das hastes em um eletrodo de aterramento no
solo.
Por
alguma razão muitos acreditam que o melhor arranjo é em triângulo.
- O
melhor arranjo, no entanto, é aquele que atende as condições de
tensão de passo, de impedância de terra, de resistência de terra,
de compatibilidade eletromagnética, equipotencialidade e custo.
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► Critério
inicial para se projetar um aterramento no solo:
1- Com
o objetivo de proteger as pessoas que circulam na superfície do solo
acima do eletrodo de terra é estabelecido pelo IEEE standard
80 que a corrente máxima, de baixa frequência, suportada por uma
pessoa de 50 kg, para 0,03 s < t
< 3,0 s, é de
Com
este dado e a resistividade do solo a forma do eletrodo de terra, o
número de hastes e cabos podem ser determinados.
Lembrando
que a impedância de terra e as condições de compatibilidade
eletromagnética também devem ser atingidas.
2- Ipessoa
é a corrente que vai passar pela vítima.
3- t
é o tempo que a corrente vai passar pela vítima, é usado o tempo
de acionamento do disjuntor.
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► O
que é IEEE standard 80?:
- O
IEEE é o Instituto de Engenheiro Elétricos e Eletrônicos dos
Estados Unidos desde o final do século XIX. Os seus standards,
na nossa língua significa padrões, são utilizados no mundo todo. O
standard 80 é referente a malhas de aterramento, como
projetar e calcular.
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Ótimo post! parabéns!
ResponderExcluirExcelente post,linguagem acessível e de fácil compreensão,parabéns.
ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirPreciso calcular o eletrodo de aterramento para uma cabine primária simplificada 300KVA 13,8KV - 220/127V com esse aplicativo é possivel? Ou seria indicado algum outro software?